--
Por Ygor da Costa
Entre 16 e 23 de julho, 12 jovens embaixadores do projeto WBT do Museu da Vida foram a Belo Horizonte para representar o estande do Museu na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Que responsa, não acha? Pois é! Ficamos cinco dias apresentando atividades para o público que visitou a Reunião da SBPC. O estande do Museu da Vida ficou na SBPC Jovem, num espaço chamado Circo da Ciência. Destinada a estudantes do ensino básico, a programação da SBPC Jovem se constitui de eventos lúdicos e interativos.
Nesse tempo, por que não aproveitar a oportunidade para tagarelar um pouquinho? Conversamos com Ribamar Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência (ABCMC), instituição que estava coordenando os museus de ciência presentes no Circo da Ciência. Um papel com algumas perguntas, uma caneta e um celular atento com o gravador a postos. Além, é claro, daquela 'ansiedadezinha’ na barriga! Iniciar uma entrevista é sempre um momento que requer concentração e atenção. Vamos ver no que isso deu?
Tagarela: O que você acha da inserção dos jovens de ensino médio neste espaço da SBPC Jovem, a fim de eles divulgarem seus projetos para o público que está visitando a Reunião?
Ribamar Ferreira: Acho da maior importância dar protagonismo a esses jovens. A ABCMC tem o objetivo de popularizar a ciência e levá-la para a população em geral, com especial ênfase para os jovens, no sentido de aproximá-los desse universo científico e motivá-los a entender mais como a ciência é produzida e construída. Um dos objetivos, também, é buscar motivar estudantes a se interessar cada vez mais pela ciência e, quem sabe, a se tornar um cientista e a produzir e atuar como divulgador de seus próprios trabalhos. Não estou dizendo que todos devem se tornar um cientista, mas, sim, que queremos despertar o interesse pela ciência nos jovens. Além disso, eu acredito que quanto mais a gente se aproxima da cultura científica, mais a gente aumenta a nossa visão a respeito do mundo!
Ribamar Ferreira: Não, não está! Os museus de ciências brasileiros estão passando por dificuldade, com falta de financiamento e corte de verbas. A falta de recursos se junta à falta de interesse das autoridades superiores, que ainda não entenderam a importância da divulgação científica e da popularização da ciência como uma parte fundamental do desenvolvimento do campo científico. Quanto mais aproximamos a população da ciência, mais ganhamos suporte político para investimentos na área. Isso se reverte em mais pesquisas e contribuições da ciência para a sociedade. Infelizmente, a ciência nacional passa por um momento muito complicado e delicado.
Tagarela: Falando um pouco mais sobre o Circo da Ciência... como ele surgiu e qual a importância de reunir esses museus e instituições culturais por aqui?
Ribamar Ferreira: A própria fundação da ABCMC se deu durante uma Reunião Anual da SBPC, em 1999, em Porto Alegre. A partir daí, a ABCMC viabilizou exposições com trabalhos dos centros e museus associados em todas as Reuniões da SBPC. Ou seja, trata-se de uma parceria já tradicional entre ambas as instituições, tendo sido sempre um sucesso de público. Em 2003, na Reunião Anual de Recife, a exposição foi montada em uma tenda em forma de circo e, então, passou a se chamar Circo da Ciência da ABCMC. O objetivo do espaço é promover o intercâmbio e cooperação entre os centros e museus de ciência oriundos de diversos estados brasileiros, permitindo que eles ofereçam atividades a alunos e professores das redes pública e privada e a demais visitantes do evento.
![]() |
Claro que não podia faltar foto do Riba!! No fundo da imagem, dá para ver um pedacinho do local onde os museus de ciência ficaram na Reunião Anual de 2017. |
Curtiu, quer sugerir alguma coisa? Comenta e tagarela com a gente! Pode ser aqui nos comentários ou pelo e-mail tagarelamv@gmail.com. Estamos aceitando ideias de pautas para futuros textos também! O blog Tagarela - focas fuçando a “Biotéqui” está sendo realizado no âmbito do projeto World Biotech Tour 2017 (WBT), que tem como objetivo dialogar com a sociedade sobre biotecnologia e divulgação científica. Diversas atividades estão previstas no WBT, entre elas o Programa de Jovens Embaixadores, em que um grupo de estudantes de ensino médio está sendo acompanhado por profissionais do MV para desenvolver projetos nas áreas de biotecnologia e divulgação científica. O Tagarela é um dos projetos desenvolvidos e conta com a supervisão e edição da jornalista Renata Fontanetto. Ah! Está vendo o banner lindo com as foquinhas? Quem fez foi a Alana Moreira, estagiária de design no Museu da Vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário